quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O Fantástico Mundo da Linguagem - Aldo Bizzocchi

BIZZOCCHI. A. O fantástico mundo da linguagem - Revista Ciência Hoje. Vol. 28, nª 164. Disponível em <http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/resource/download/41961>.
RESUMO: Desde os tempos mais remotos existe a preocupação quanto ao que vem a ser linguagem. A partir deste interesse, desenvolveu-se a disciplina da lingüística, primeira disciplina de humanidades a ser considerada ciência. Este artigo tem como objetivo fazer uma abordagem sobre a história da lingüística no decorrer do tempo, bem como, sobre as diferentes concepções de linguagem em diferentes épocas. Passando por tópicos como "A origem dos estudos lingüísticos", onde nos é explicitado sobre o início das reflexões sobre linguagem, através, principalmente, dos filósofos gregos; "Língua e signo na Idade Média e na Renascença", onde é citada a primeira possível idéia sobre "signo", através do exemplo de São Tomás de Aquino, abordando ainda a relevância em relação às línguas vulgares que, no Renascimento, ganharam caráter de línguas de cultura, estimulando, já na Idade Moderna, a elaboração das primeiras gramáticas das línguas vulgares. Em "O estudo histórico-comparativo das línguas" chega-se ao final do século XVIII, onde começa-se a fazer um estudo-comparativo das línguas, acreditando-se que idiomas como o sânscrito, o grego, o latim e as línguas germânicas pertenceriam a um mesmo ancestral lingüístico. É neste momento em que passa-se a considerar a lingüística como ciência. Através de estudos de análise e comparação explicou-se a evolução das línguas. Já no tópico "O nascimento da Lingüistica Moderna" inicia-se a abordagem sobre os estudos que deram origem ao que hoje conhecemos por Lingüística Moderna. Através das proposições de Ferdinand de Saussure, passou-se a investigar de que maneira a linguagem funciona. Em uma perspectiva sincrônica, ou seja, o funcionamento da língua em um determinado momento, Saussure elaborou um modelo de estrutura lingüistica denominado Estruturalismo. A partir do Estruturalismo surgem novas disciplinas como a sociolingüística, a psicolingüística e a semiologia, já relevando-se a questão comunicacional da língua, conforme exposto no item "Evolução e conquistas do Estruturalismo". Ao longo dos anos 60, novas maneiras de se pensar a linguagem são consideradas e, em reação ao Estruturalismo, surge "A gramática gerativo-transformacional" estimulada pelo lingüista Noam Chomsky, que propõe uma visão pancrônica da linguagem, em considerar tanto a evolução da língua, como também, de que forma a língua funciona. Por fim, em "As aplicações da lingüistica e da semiótica" é posto em evidência a característica aplicativa das ciências da lingüistica e da semiótica, uma vez que estas possuem relevância e/ou são fundamentais em outras áreas como estudos literários, jornalismo, paleografia, publicidade, entre outros. Percorrendo-se, assim, as diferentes proposições sobre linguagem e relevando-se a questão da lingüística como ciência.

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